ENCONTRO
ORGANIZAÇÃO DA LEITURA
JOVENS FAZENDO A LEITURA DO TEXTO
APRESENTAÇÃO DO TEXTO
MOMENTO DE ORAÇÃO
JOVENS CANTANDO
JOVENS ORGANIZANDO A DINÂMICA
A
VIOLÊNCIA
O
que é violência? Segundo o Dicionário Houaiss, violência é a
“ação ou efeito de violentar, de empregar força física (contra
alguém ou algo) ou intimidação moral contra (alguém); ato
violento, crueldade, força”. No aspecto jurídico, o mesmo
dicionário define o termo como o “constrangimento físico ou moral
exercido sobre alguém, para obrigá-lo a submeter-se à vontade de
outrem; coação”.
Já
a Organização Mundial da Saúde (OMS) define violência como “a
imposição de um grau significativo de dor e sofrimento evitáveis”.
Mas os especialistas afirmam que o conceito é muito mais amplo e
ambíguo do que essa mera constatação de que a violência é a
imposição de dor, a agressão cometida por uma pessoa contra outra;
mesmo porque a dor é um conceito muito difícil de ser definido.
Para
todos os efeitos, guerra, fome, tortura, assassinato, preconceito, a
violência se manifesta de várias maneiras. Na comunidade
internacional de direitos humanos, a violência é compreendida como
todas as violações dos direitos civis (vida, propriedade, liberdade
de ir e vir, de consciência e de culto); políticos (direito a votar
e a ser votado, ter participação política); sociais (habitação,
saúde, educação, segurança); econômicos (emprego e salário) e
culturais (direito de manter e manifestar sua própria cultura). As
formas de violência, tipificadas como violação da lei penal, como
assassinato, seqüestros, roubos e outros tipos de crime contra a
pessoa ou contra o patrimônio, formam um conjunto que se
convencionou chamar de violência urbana, porque se manifesta
principalmente no espaço das grandes cidades. Não é possível
deixar de lado, no entanto, as diferentes formas de violência
existentes no campo.
A
violência urbana, no entanto, não compreende apenas os crimes, mas
todo o efeito que provocam sobre as pessoas e as regras de convívio
na cidade. A violência urbana interfere no tecido social, prejudica
a qualidade das relações sociais, corrói a qualidade de vida das
pessoas. Assim, os crimes estão relacionados com as contravenções
e com as incivilidades. Gangues urbanas, pixações, depredação do
espaço público, o trânsito caótico, as praças malcuidadas,
sujeira em período eleitoral compõem o quadro da perda da qualidade
de vida. Certamente, o tráfico de drogas, talvez a ramificação
mais visível do crime organizado, acentua esse quadro, sobretudo nas
grandes e problemáticas periferias.
Hoje,
no Brasil, a violência, que antes estava presente nas grandes
cidades, espalha-se para cidades menores, à medida que o crime
organizado procura novos espaços. Além das dificuldades das
instituições de segurança pública em conter o processo de
interiorização da violência, a degradação urbana contribui
decisivamente para ele, já que a pobreza, a desigualdade social, o
baixo acesso popular à justiça não são mais problemas exclusivos
das grandes metrópoles.
Na última década, a violência tem estado
presente em nosso dia-a-dia, no noticiário e em conversas com
amigos. Todos conhecem alguém que sofreu algum tipo de violência.
Há diferenças na visão das causas e de como superá-las, mas a
maioria dos especialistas no assunto afirma que a violência urbana é
algo evitável, desde que políticas de segurança pública e social
sejam colocadas em ação. É preciso atuar de maneira eficaz tanto
em suas causas primárias quanto em seus efeitos. É preciso aliar
políticas sociais que reduzam a vulnerabilidade dos moradores das
periferias, sobretudo dos jovens, à repressão ao crime organizado.
Uma tarefa que não é só do Poder Público, mas de toda a sociedade
civil.
Parabéns pelo Encontro. Muita saudade do JPH, em breve estaremos reunidos!!
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